sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Curiosidades






Genipapo








Cravo








Flor do gengibre




Este bichinho (não sei o nome) é uma praga terrível.



Flor do gengibre.

Curiosidades para alguns, coisas normais para outros.

Àcerca de licores




















Este foi um dos últimos trabalhos que fiz. Foi em Santo António de Jesus.
Logo a seguir dei um no SENAR em Gandu. Voltarei a dar outro em Santo António de Jesus no fim de semana de 13 e 14 de Dezembro.
Todos os temas são abordados; desde a descoberta da fermentação, passando por Arnauld Villeneuve a quem se ficou a dever o primeiro tratado sobre o álcool, os licores mais célebres, quem os faz ou fazia, fórmulas, material necessário, produtos e confecção.
Pormenor: O acordo ortográfico ainda vai dar muito que falar (risos). É que o meu nome correcto é: Manuel Luís Borges Baptista. Quanto à naturalidade, sou angolano de gema, muito embora filho de pais "caucasianos". Brancos.

domingo, 2 de novembro de 2008

NOSSA SENHORA DO AMPARO

Padroeira de Valença.



Tive a felicidade de ser convidado para levar a SUA bela imagem em peregrinação.









NOVOS HABITANTES DA CHITACA

É sublime a forma como a natureza se transforma; impressionante é a maneira como uma criatura tão frágil, pode mudar a maneira de ser de um ser humano em relação a determinada espécie. A Suzy, não podia nem sequer ouvir falar em cães (foi mordida por um há cerca de 40 anos). A Riquita era uma cadelinha com um mês quando veio para as nossas mãos (minhas e da Suzy). Como sou adepto do provérbio: "res; non verba", ou seja, actos; não palavras, quando cheguei a casa com a criaturinha, depositei-lha no colo. Bem; só queria que vissem a reacção dela. Ficou estática. Nem sequer se mexeu. Foi a bichinha que teve que começar a mexer-se para que ela fizesse alguma coisa. Por pena ou instinto, começou então a fazer-lhe um carinho. Depois de registadas as imagens do momento como não podia deixar de ser, fui eu para cima da cama brincar com aquela coisinha adorável que é a nossa Riquita. O pior veio e seguir: eu quase ia levando uma sova por causa da mijada que a bicha fez. Mas enfim, por aquela fui perdoado. Passaram-se os dias, os meses e ia aumentando o amor entre a Quita e a Suzy. Imaginem, não há nenhum telefonema, nem nenhum e-mail em que não pergunte pela "filhota dela". Pergunta também pelos outros habitantes da chitaca; mas a Quita, ficou com um lugar reservado no coração dela e para sempre.

Ao fim de precisamente um ano, lá tive eu que preparar não propriamente a noite, mas a tarde de núpcias da Bichinha. Assim que vi o amante, juro que fiquei com pena dela: uns bons trinta quilos de cão, arraçado de "Pit Bull", que iriam desvirginar aquela coisinha amorosa. Mas enfim; entre cadela e cão, não metas a tua mão. Lá veio aquele latido tipo: "ai... dói... mais devagar... Mas o brutamontes não esteve com meias medidas: ferro na boneca. E seguiu-se um dia... dois... três... E eu ali feito voyeur!!! Não era por nada, não pensem. O que eu não queria, era que a minha cadelinha fosse acediada e estrupada por aquela dúzia de cães que é hábito ver-se de volta de uma cadela nestas situações. Bonito, hein?! Riam à vontade. Passados matematicamente 58 dias, logo de manhã quando abri a porta, dei por falta da Quita que infalivelmente me vem dar os bons dias. Estranhei e chamei por ela. Nada. Nem Quita nem meia Quita. Como às vezes penso (...), fui ver à casinha dela que já havia gente nova. Eis senão quando ao debruçar-me para dentro da casota, levei com um rosnado daqueles de se lhe tirar o chapéu. Ninguém imagina; mas fiquei feliz e contente ao ver aquela coisinha tão tão pequenina metida no meio das patas dela que vocês não imaginam. Foi uma alegria só. Foi imediatamente baptizada, por causa da mancha que apresenta na testa: ESTRELA. Nasceu no dia 25 de Setembro de 2008.

Está bem de saúde, come que se farta, mas mamar... Já não mama; e sabem porquê? É que precisamente há dois dias, dia 30 de Outubro, pariu a Pirata; gatinha maravilhosa e manhosa também, são quatro gatinhos lindos filhos do Pópó, o gato mas que não sei se irão ter a mesma sorte da Estrela. É que a Pirata não lhes ligou meia; parece barriga de aluguer: pariu e foi-se. Qual não foi o meu espanto quando dei com a Quita a transportar os gatinhos do ninho deles para a casinha dela. Pior do juízo fiquei, quando a vi amamentando-os.

Hoje, se quiserem ver a Suzy feliz na chitaca, é vê-la a brincar com as duas: mãe e filha: a Quita e a Estrelinha.


A natureza tem lá "porras"!







Entretanto, outros habitantes povoam também a chitaca: as galinhas de Angola - como não podia deixar de ser - e os novos pintainhos que dentro de meses estarão enormes como os congéneres deles que mostro também a seguir neste espaço. Espero que gostem.






































































LEGADO AFRICANO

Entre outras coisas, também a dança faz parte do legado daquele imenso continente maravilhoso , por vezes tão desprezado: ÁFRICA. Forma de expressão livre, harmoniosa, subtil, mas carregada de sentimento, acção, coragem e por que não dizer, muitas vezes de dor. Através dela, a dança, alcança-se por vezes, a libertação interior.
Semana da Consciência Negra no CESV (evento na disciplina de Artes; Profª Suzy Brito Baptista)
Semana da Consciência Negra no CESV (evento na disciplina de Artes; Profª Suzy Brito Baptista)
Semana da Consciência Negra no CESV (evento na disciplina de Artes; Profª Suzy Brito Baptista)

PERMACULTURA

Conheci o Cobrinha no Kilombo no último congresso. Personificação da calma, da boa disposição, de muito conhecimento e com uma sede enorme de saber e de fazer cada vez mais e melhor. Venham ao próximo "Permacultura de 16 a 26 de Janeiro de 2009; a gente encontra-se por lá.
Mestre Cobra Mansa Capoeira Angola_Permacultura_Bonfim_Valença
Mestre Cobra Mansa Capoeira Angola_Permacultura_Bonfim_Valença
Mestre Cobra Mansa Capoeira Angola_Permacultura_Bonfim_Valença
Próximo Congresso:>http://www.kilombotenonde.com/

sábado, 1 de novembro de 2008

LICORES

Mais de curso de Licores - SENAR - GANDU
Mais de curso de Licores - SENAR - GANDU

Mais de curso de Licores - SENAR - GANDU
Mais de curso de Licores - SENAR - GANDU
Mais de curso de Licores - SENAR - GANDU





HORTA

Manjericão
Flor do Gengibre
Coêntro da Índia
Hortelã
Couve Manteiga
Couve Manteiga

MANÁ CUBIU

Maná Cubiu é o nome popular do Solanum sessiliflorum. Um fruto de origem brasileira é da Amazônia ocidental. É um fruto bastante nutritivo de sabor e aroma agradáveis.
Na Amazônia, o cubiu é usado pelas populações tradicionais como alimento, medicamento e cosmético.
O fruto do cubiu pode ser consumido ao natural, ou principalmente como tira gosto de bebidas, ou processado para sucos, doces, geléias e compotas. Pode ainda ser utilizado em caldeirada de peixe ou como tempero de pratos à base de carne e frango. O cubiu pode também ser utilizado no tratamento da anemia, da pelagra e no controle dos níveis elevados de colesterol, ácido úrico e glicose no sangue. Os índios peruanos Waonrani utilizam as folhas, galhos e raízes das plantas jovens, fervidas e maceradas, para tratar de mordidas de aranhas e cicatrizar ferimentos externos. O suco do cubiu pode ser utilizado para dar brilho aos cabelos.
O cubiu é popularmente conhecido como topiro e tupiro no Perú, cocona na Colômbia, Peru e Venezuela, tomate de índio no Estado de Pernambuco, orinoco apple e peach tomato nos países de língua inglesa. É originário da Amazônia Ocidental, onde foi domesticado pelos Índios pré-colombianos, e ocorre em toda a Amazônia brasileira, peruana, colombiana e venezuelana.
A planta pode produzir de 30 a 100 toneladas de frutos por hectare. Em testes de processamento, observou-se que 10 quilos de frutos podem ser transformados em aproximadamente 3 quilos de doce e 1,5 quilos de geléia ou 7,5 litros de suco puro. Portanto, uma plantação com um rendimento de 70 toneladas por hectare poderá render 21 toneladas de doce e 10,5 toneladas de geléia ou 52.000 litros de suco por hectare.
O cubiu é um arbusto ereto e ramificado de ciclo anual, com altura variando de 80 centímetros a 2 metros.

Exigências de clima e solo
O cubiu é uma planta que cresce bem em regiões de clima quente e úmido com temperatura média entre 18 e 30ºC e umidade relativa de 85% no decorrer do ano. Apesar de ser uma espécie que necessita de luz, pode crescer na sombra, mas, nesta condição, a produção de frutos é reduzida.
O cubiu está adaptado tanto a solos ácidos de baixa fertilidade, quanto a solos neutros e alcalinos de boa fertilidade, com textura desde argilosa até arenosa. Esta espécie pode ser cultivada desde regiões ao nível do mar, até 1.500 metros de altitude.

Composição média por 100 gr. de polpa de cubiu:
Componente Quantidade Unidade
Água 88,5 gramas
Proteína 0,9 gramas
Fibra 9,2 gramas
Cinzas 0,7 gramas
Cálcio 16 miligramas
Fósforo 30 miligramas
Ferro 1,5 miligramas
Caroteno 0,18 miligramas
Tiamina 0,06 miligramas
Riboflavina 0,1 miligrama
Niacina 2,25 miligramas
Ácido ascórbico 4,5 miligramas
Valor energético 41 calorias

Propagação e Cultivo
O cubiu é propagado exclusivamente por sementes. A semeadura pode ser feita em qualquer época do ano em copos e sacos plásticos ou de papel, em bandejas de isopor ou em canteiros comuns com 1,0 metros de largura por 10 centímetros de altura. O comprimento dever ser compatível com a quantidade de mudas que o agricultor deseja cultivar. Com 30 gramas de sementes viáveis é possível produzir 10.000 mudas suficientes para cultivar uma área de um hectare, adotando espaçamento de 1,00 x 1,00 metro. Se a semeadura for feita em copos, sacos ou bandejas é aconselhável fazer o desbaste, deixando a planta mais vigorosa.
O substrato para enchimento dos recipientes que irão receber as sementes deve conter partes iguais de solos arenoso e argiloso e esterco (1/3+1/3+1/3). Em condições favoráveis de temperatura e umidade, as sementes iniciam a germinação a partir do sétimo dia após a semeadura.

O plantio definitivo
Pode ser feito entre 45 e 60 dias após a semeadura, fase em que as plantas apresentam três a quatro folhas definitivas.

As covas
Devem ser abertas com o tamanho mínimo de 20 centímetros de largura por 20 centímetros de comprimento e 20 centímetros de altura. Se o solo for propenso ao encharcamento, é recomendável abrí-las sobre leiras de 20 centímetros de altura.
O cubiu pode crescer sem o uso de fertilizantes, mas neste caso, a produção de frutos é muito baixa. O maior rendimento alcançado nos experimentos realizados por pesquisadores do INPA foi utilizando os seguintes adubos e doses por planta no ato do plantio:
1 quilo de matéria orgânica (esterco curtido ou qualquer composto orgânico);
ramas de superfosfato triplo;
50 gramas de cloreto de potássio;
10 gramas de uréia.
Aos quinze dias após o transplante, é recomendável aplicar 10 gramas de uréia por planta em cobertura e repetir a dosagem mensalmente, até o início da colheita.
Na época seca, recomenda-se irrigar o plantio e utilizar a cobertura morta, a qual consiste na colocação, em torno da planta, de palha, capim, casca de arroz ou resíduos de serraria. A cobertura morta evita o aquecimento do solo e permite a conservação de sua umidade por um período de tempo mais prolongado.

Pragas e doenças
Pragas
Na Amazônia, a presença de numerosas espécies da família Solanaceae, espontâneas e vizinhas às áreas onde o cubiu é cultivado, constitui uma fonte de infestação. As pragas mais frequentes são as vaquinhas, ácaros e pulgões.
O controle pode ser feito, respectivamente, por meio de pulverizações com os seguintes agrotóxicos: Azimphos Ethil (Guzathion 400), Dicofol (Kelthane 185E) e Methamidophos (Tamarom 600 E), nas proporções indicadas pelo fabricante.
Doenças
Na fase de sementeira, a doença mais comum é a ‘mela. ’ Esta moléstia é causada por fungos conhecidos como Pythium sp. e Rhizoctonia solani. Geralmente, isso ocorre quando o solo utililizado na sementeira está contaminado e um grande número de plantas muito novas ficam confinadas num espaço muito pequeno.
Os métodos simples para evitar que organismos patogênicos ataquem as plantas de cubiu na fase de sementeira são os seguintes:
1. Tratamento do solo por meio de solarização
Consiste em cobrir o solo com plástico transparente e deixar pelo menos 30 dias exposto ao sol;
2. Regar o solo com uma solução de água sanitária
(hipoclorito de sódio), numa proporção de 2,5 litros por 7,5 litros d’água;
3. Utilizar solos de florestas virgens
No campo foi constatado murchamento de plantas com presença do fungo Sclerotium rolfsii. Entretanto, na mesma área foram encontradas plantas não atacadas, sem sintomas de murchamento, indicando variabilidade genética para resistência a esse organismo.
Como medida de controle preventivo, recomenda-se a prática de rotação de culturas, a queima e a aplicação por meio de pulverizações, de Benomyl (Benlate 500), em forma de solução (30 gramas do pó molhável por 20 litros d’água) na região do colo da planta, uma vez ao mês.

Colheita
A colheita começa aproximadamente aos sete meses após a semeadura. Os frutos são considerados maduros quando apresentam a coloração amarela. São muito resistentes ao transporte e podem ficar armazenados em geladeiras, mantendo a sua conservação por um período de tempo muito prolongado. Em caso da inexistência de locais adequados para armazená-los, recomenda-se deixá-los, em locais frescos e bem arejados.

Comercialização
Geralmente, a comercialização do cubiu é feita em pequena escala por produtores rurais nas feiras e mercados das cidades interioranas.
Alguns agricultores, no entanto, estão cultivando áreas superiores a dois hectares e os frutos estão sendo comprados e utilizados pelos japoneses para extração de pectina, que é uma substância adicionada no processamento de outras frutas para dar o “ponto de geléia”.
O cubiu apresenta potencialidades para a agricultura moderna, dadas a sua rusticidade, boa capacidade de produção e a possibilidade do aproveitamento dos frutos de múltiplas formas.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O valor da palavra "Chitaca"

"Minha terra é linda como o sol que nasce no moxito ai, não levem a mal..."
Vejam esta pose!!!
Na minha terra, Angola, chama-se chitaca a uma fazenda de médio porte; aquilo que em Portugal se chama uma "quinta" ou uma "herdade".

No Brasil, chamar-se-ía chitaca a um sítio, uma chácara ou uma fazenda.

Porém, na chitaca dá a impressão de que o tempo não passa; que as coisas andam bastante devagar. Ainda é tudo calmo, sereno...

Ouve-se o chilrear dos pássaros, o canto por vezes mentiroso do "bem-te-vi", o gemido fofoqueiro da rola dizendo: "foste tu", os burricos com o seu zurro marcando as horas, os galos quer de dia quer de noite ora dizendo "cá não há pãoooo"; ao que o galo do vizinho responde "cá também nãoooo", ora de papo cheio e depois de um bom bater de asas dizer: "só sou bom com arrozzzz"!!!

Também as galinhas de Angola, mentirosas, que mesmo depois de fartas passam o tempo a dizer:... "tou fraco, tou fraco, tou faco..."

Enfim, a vida como toda ela devia ser: calma, certa, ordeira, sem pretenções de maior.

Felizmente e graças ao bom Deus, é num destes lugares que eu moro e levo a vida como ela é retratada por Almir Sater na sua canção Tocando em Frente: "Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso, porque já chorei demais..."

Aspectos da Chitaca

Hum!... Caju! À porta de casa
Cinco minutos de paciência
O mamoeiro
O Pintas e a Riquita
Pitangas e goiabas
Entrada da Chitaca
Tiôiô (?)
Sucupira com uma bromélia
Aspecto do rio onde irá ser uma praia fluvial
Aspecto do rio onde irá ser uma praia fluvial
Residência
Chá de Santa Maria; Chá de Príncipe; Capim Santo
Cravoária
Flor da lobeira (Jurubebão?)
Flor do gengibre

Chegada à chitaca

Chitaca atravessada pela estrada
Aspecto da Mata
Boldo