quinta-feira, 1 de março de 2012

Folha da Costa



Nome: Kalanchoe, folha da fortuna, Saião, coirama, erva da costa, folha da costa, orelha de monge, folha milagrosa - Kalanchoe pinnata , Odum-dum


Família: Crassulaceae

O Calanchoe é popularmente conhecido como saião roxo, coirama vermelha ou folha da fortuna. Trata-se de um subarbusto de ramos herbáceos cobertos de penugem. As suas flores de coloração rósea apresentam-se em cachos no ápice dos ramos, as folhas são ovais, arredondadas na base e serrilhadas nas bordas. Os frutos são constituídos de pequenas cápsulas contendo sementes.


Em geral apresenta grande durabilidade e por isso é muito utilizada em vasos em ambientes internos, já que também não se adequa bem à luz solar direta. Pode ser também plantada em jardins, preferindo locais bem iluminados, porém com iluminação indireta e longe de luzes artificiais.


Por acumular muita água precisa de poucos cuidados com a rega. No verão pode ser regada apenas duas vezes semanalmente e no inverno apenas uma ou quando o substrado estiver começando a ressecar.


O período de florada vai em geral do início do inverno ao fim da primavera. Pode ser encontrada com flores vermelhas, rosas, laranjas, brancas, amarelas e talvez outras cores.

É usada como uma panacéia (remédio para todos os males) pela população indígena e ribeirinha e na medicina tradicional de outras regiões brasileiras e de outros países ao longo do mundo há centenas de anos.

Curiosidades: A planta se multiplica através das folhas e talos, as folhas brotam com muita facilidade quando caem na terra, se enterrar parte da folha ela nasce. Existe uma crença popular que diz que pra saber se a casa tem prosperidade é só prender uma folha de Kalanchoe num prego na porta da casa e se ela brotar significa que a casa é prospera, por isso Folha da Fortuna.

Origem: África

Uso Terapêutico: como tônica e no tratamento de úlceras, gastrite, asma, tosse, aftas, calos, leucorréia, inflamações na gengiva, no intestino e nos tendões, usadas também no tratamento de lesões, abcessos, erisipelas, queimaduras e de osteoporose. Possui atividade anti-malarial e anti-histamínica.

Propriedades medicinais: atividade antimicrobiana, atividade antimigranosa (ação analgésica em dores de cabeça), aumenta o sistema imunológico, ação cicatrizante na pele, por bloquear substâncias como histaminas, ela atua no processo alérgico, erisipela, antiviral, antifúngico, dores de ouvido e Leishmaniose, relaxante muscular, diurética e febrífuga.

Parte utilizada: Folhas, geralmente em forma de cataplasma ou batida com água via oral.

Constituintes Químicos: O seu efeito imunossupressor deve-se a presença de ácidos graxos, a exemplo de ácido palmítico, ácido esteárico e ácido araquidônico. A propriedade anti-leishimanial (Leishmaniose) é atribuída a ativação de intermediários do óxido nítrico, enquanto que a propriedade antibacteriana está relacionada a briofilina, um antibiótico natural.


Existem uma diversidade de constituintes químicos que são responsáveis por todas estas propriedades terapêuticas. Dentre eles destacamos os flavonóides, que auxiliam no processo de cicatrização, cálcio, ácido succcínico, ácido málico, ácido cítrico e ácido lático. Também existem aminoácidos como arginina, que é anti-cancerígeno e fertilizante; glicina, que reduz a quantidade de ácido úrico no organismo e histidina. Os bufadienolídeos que estão presente nas folhas de Kalanchoe pinnata promovem uma atividade anti-tumoral; dentre eles destacamos o 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato e a briofilina, sendo que esta última exibiu uma inibição do tumor mais acentuada entre as combinações testadas.


Conta indicações: Pessoas com Hipotireoidismo e hipotensão (pressão baixa) grave.


www.youtube.com/watch?v=S7r6a0HPYPI

Tiririca de Babado



Nome científico: Baccharis trimera (Less.) DC.



Família: Asteraceae.


Nomes populares


Bacanta, bacárida, cacaia-amarga, cacália-amarga, cacália-amargosa, caclia-doce, cuchi-cuchi, carque, carqueja-amarga, carqueja-amargosa, carqueja-do-mato, carquejinha, condamina, iguape, quina-de-condomiana, quinsu-cucho, tiririca-de-babado, tiririca-de-balaio, tiririca-de-bêbado, três-espigas, vassoura.

ASPECTOS BOTÂNICOS


Subarbusto perene, de 50 a 80 cm de altura. Com os mesmos nomes populares e com características e propriedades similares são conhecidas as espécies Baccharis articulata e Baccharis uncinella.


A planta é amplamente utilizada na medicina caseira brasileira, sendo utilizada pelos indígenas há séculos para o tratamento de várias doenças.


As diferentes propriedades atribuídas a esta planta na medicina tradicional vem sendo estudadas e algumas já validadas pelos resultados positivos obtidos.

FITOQUÍMICA


*Flavonóides (apigenina, cirsiliol, cirsimantina, eriodictiol, eupatrina e genkawanina), sesquiterpenos, diterpenos,


*Lignanos, alfa e beta pinenos, canfeno, e esqualeno,

*Carquejol, acetato de carquejila, ledol,


*Alcóois sesquiterpênicos, sesquiterpenos bi e tricíclicos, calameno, elemol, eudesmol,


*palustrol, nerotidol, campferol,


*Hispidulina, quercetina.

 PARTES UTILIZADAS

Folhas e hastes.


INDICAÇÕES


 Afecções febris, afecções gástricas, intestinais, das vias urinárias, hepáticas e biliares (icterícia, cálculos biliares, etc.).

Afta, amigdalite, anemia, angina, anorexia, asma, astenia, azia, bronquite asmática, coadjuvante em regimes de emagrecimento, colesterol (redução de 5 a 10%.), desintoxicação do fígado, diabete, Diarréias, dispepsias;


Doenças venéreas;


 Enfermidades da bexiga, do fígado, dos rins, do pâncreas e do baço;


Espasmo, esterilidade feminina, estomatite, faringite, feridas, fraqueza intestinal, garganta, gastrite, gastrenterites, gengivite, gota, hidropisia, impotência sexual masculina, inflamações de garganta, inflamação das vias urinárias, intestino solto, lepra, má-digestão, mal estar, má-circulação, obesidade, prisão de ventre, reumatismo, úlceras (uso externo), vermes.


FARMACOLOGIA


Amarga, antianêmica, antiasmática, antibiótica, antidiarréica, antidiabética, antidispéptica, antigripal, anti-hidrópica, antiinflamatória, antirreumática, aperiente, aromática, colagoga, depurativa, digestiva, diurética, emoliente, eupéptica, estomáquica, febrífuga, estimulante hepática, hepatoprotetora, hipocolesterolêmica, hipoglicêmica, laxante, sudorífera, tenífuga, tônica, vermífuga.

ATIVIDADE BIOLOGICA

Anti-Trypanosoma cruzi (causador da moléstia de Chagas), moluscocida (contra Biomplalaria glabrata, hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose),

FORMAS DE USO

Infusão, decocção, extrato fluido, tinturas, elixir, vinho, xarope, gargarejo, compressas.


TOXICOLOGIA

CONTRAINDICAÇÔES:


Gestantes e lactantes. Doses excessivas podem abaixar a pressão.

Cordão de São Francisco



CORDÃO DE SÃO FRANCISCO



Leonotis nepetaefolia



Descrição : Planta da família das Lamiaceae. Também conhecida como cordão-de-frade, rubim, pau-de-praga, cordão-de-frade-verdadeiro, cordão-de-frade-pequeno, cauda-de-leão, tolonga. É uma erva anual e sublenhosa de caule quadrangular aveludalo pubescente, medindo até 2m de altura, simples ou ramificado, com folhas ovadas até ovado-deltóides, opostas, cunea-das ou subcordiformes na base, finalmente crenadas de 4 a 12cm de comprimento, suas flores são pediceladas, de 25mm com cálice pulverulento e corola bi-labiada, vermelha ou roxa, ou ainda laranja-amarelo, manchadas, e dispostas em racimos densos, verticilados, de 5 a 6cm de diâmetro. Existe a lenda de que clareia a roupa. É planta muito comum no Brasil, principalmente nos Estados litóraneos. Outra lenda diz que acompanha o homem. Só vegeta onde o homem vive ao seu redor. Uma outra espécie (Leucas martinicen-sis, R. Br.) é também planta anual, de caule herbáceo, ereto até 130m de altura, geralmente ramoso, denso-pubescente, com ramos obtuso-quadrangulares, pilosos e profundamente sulcados. Suas flores são sésseis, brancacentas e vilosas, de cálice bi-labiado, dispostas em verticilos axilar-globosos, distanciados, multiflores. é perfumada, tónica e antispasmódica, sendo também empregada nas nevralgias. Muito usada contra os tumores, o seu cosimento é recomendado no tratamento do reumatismo gotoso e articular agudo, segundo Caminhoã. A infusão de suas folhas constitui remédio carminativo e sudorífico. Floresce em todo o Brasil e é conhecida também como catinga-de-mulata. Seu fruto é aquênio e trígono; suas folhas florais estreitas como as caulinares, porém sésseis.


Partes utilizadas : Planta inteira.


História: Tem a particularidade de só aparecer onde moram os seres humanos ou onde eles já moraram.


Habitat: É natural da Africa e da Índia, estando aclimatada e aparecendo em quase todo o território brasileiro, especialmente no litoral, em solos cultlvados, terrenos baldios, lugares abertos e secos.


Propriedades medicinais: balsâmico, cicatrizante, diurético, estomacal, expectorante, tônico.


Indicações: aborto, ácido úrico, afecção respiratória (asma, tosse, bronquite, catarro), anemia, dor de contusão, espasmo, febre, fraqueza geral, limpeza de úlcera e ferida, perturbação gástrica, reumatismo.


Principios ativos: As espécies indianas apresentam: Lactonas sesquiter-penicas: leonitina, trimetoxicumarinas; Os princípios ativos da espécie nativa são pouco conhecidos, mas suas indicações são comuns e provavelmente seus principios ativos também.


Contra-indicações/cuidados: Evitar seu uso em paciêntes com distúrbios da coagulação sanguinea.


Efeitos colaterais: Seu uso prolongado pode causar hemorragias.


Posologia: Adultos: 5 a 25ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 3g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de planta inteira em decocto ou 5g de erva fresca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso ate 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs, para todas as indicações; Banho de 50g de planta para 11 de água em infuso, para a debilidade de crianças e compressas em dores; Extrato fluido: 1 a 5ml aos dia: P6 da planta seca, aplicado topicamente em feridas; Crianças: tomam de 1 /6 a 1/2 dose de acordo com a idade.




Referência :



BALBACH, A. A Flora Nacional na Medicina Doméstica. 23. ed. Itaquaquecetuba: EDEL, 1991. Vol.ll BOTSARIS, A.S, As Fórmulas Mágicas das Plantas. Rio de Janeiror. ed.:Record: 1997


A Cura pelas Ervas e Plantas Medicinais Brasileiras - Ricardo Lainetti e Nei R. Seabra de Britto - Editora Ediouro. 1979.


Plantas que Curam - Cheiro de Mato. Sylvio Panizza - IBRASA. 1997.


CIAGRI - Banco de plantas medicinais, aromáticas e condimentares da Universidade do Estado de São Paulo. Plantamed - Grande cadastro de plantas e ervas medicinais.