quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Mais imagens

Acabo de publicar mais umas imagens da chitaca e de alguns dos seus habitantes. Neste caso concreto, da Estrela. Lembram-se dela? Aquela coisinha pequenina que cabia na palma da mão? Pois é; vai a caminho dos quatro meses e vejam como ela está. Linda e anafada. Infelizmente por enquanto, tenho que a manter presa, caso contrário destruia-me tudo como aliás aconteceu, na brincadeira com a mãe; a Riquita. Esta bichinha vai ser um "osso duro de roer; vai vai. Para fazer jus ao pai, é má todos os dias; de dia e de noite.
Estão também umas fotos de urucu, essas plantas com semente vermelha e os arbustos têm cerca de um ano e nove meses. Produzem duas vezes por ano e estou a preparar tudo para plantar entre quinhentos e mil pés.
O bendito do mamoeiro, é o que se vê; não pára de dar fruto. E nós por cá não paramos de comer tão apreciada fruta; parecemos uns sabiás. O sacaninha do "assanhaço" é que também não pára de lhe comer as folhas; mas quando os vejo lá, levam cada corrida que juram de por algum tempo não se aproximarem dele.
O pinhão roxo (Jatropha gossypifolia) - corrijam-me se não for esse o nome - está lindo e tenho dois pés no quintal. Tem várias funções: segundo a tradição, serve para afastar o mau olhado, segundo a crença é bom para banhos, segundo a medicina tradicional - uso interno - o óleo é purgativo e usado como abortivo, tratamento da gota e outros reumatismos. Uso local: o macerado da folha tem função hemostática (estancar o sangue). Cataplasma: macerado e misturado com óleo, é usado sobre furúnculos para apressar que venham a furo. Também é usada sobre aftas na boca (uso odontológico - tópico).
De qualquer forma, há que ter em atenção que a planta é extremamente perigosa segundo os médicos e só deve ser manipulada por quem sabe.
Parte tóxica: folhas e frutos;
Princípio activo: toxoalbumina (curcina);
Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vómitos, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia, e parada cardíaca.
Contacto: látex (leite ou óleo), pelos e espinhos: irritante de pele e mucosas.
Uso doméstico e indústria: o óleo retirado das sementes serve para iluminação, fabricação de óleos lubrificantes, tintas e sabões.
O jindungo - assim chamávamos nós em Angola - não é bem isso que aí está. Era mais uma semente parecida com a malagueta ou, como dizem no Brasil, dedos de moça (para quem goste de chupar no dedo aí está uma boa opção). O que mais se via era o piri-piri. Esse sim; era uma coisa de comer... E suar por mais! A essa planta que aí está já lhe ouvi chamar muita coisa: cumari, brasileirinha, japonesa, mas sinceramente não sei o nome. Mas que arde... Arde! E cheira bem!
O cravo! O dito da Índia. Esse é bem brasileiro, do baixo sul e cresce a cerca de vinte e cinco quilómetros de Valença. Este ano, houve uma boa produção mas uma má colheita devido ao factor clima. Como se não bastasse, houve uma mini mini ciclone que me limpou uns quantos pés. Deixou os troncos que pareciam, alguns deles, um autêntico "saca rolhas". Esse está a ser colhido mecânicamente e a colheita está quase no fim. Depois vai ser a capina e a adubação. Para o ano, isto é, para Outubro ou Novembro, haverá mais se Deus quiser! E Ele quer.
E pronto meus queridos amigos; por agora é tudo. Espero que a leitura vos sirva de ajuda e diversão.




























































































3 comentários:

Unknown disse...

TUDO MUITO LINDO!!
MAS NADA TÃO FOFO COMO A ESTRELA!
FELICIDADE A TODAS E TODOS!
BJIM

Unknown disse...

Olá Baptista.
As coisas que eu aprendo na tua escrita. Continua a escrever e vê se soltas a estrela que está linda.

João Nascimento

Lucas Giudice disse...

belissimas plantas, adorei a Estrela kkkkkk, um abraço manu!